Pego por variáveis minuciosamente
calculadas, a humanidade se distanciou do seu precioso tesouro, a razão, aquilo
que de certa forma leva-nos a presumir nossa existência, o fato de realmente
existirmos, “penso logo existo”. Uma pedra jamais terá a plena idéia de
existência, a água igualmente, o fogo, e praticamente nem um ser vivo como o
cachorro.
A razão, a capacidade de se
questionar, é algo fantástico. Torna-se a ponte para deduzirmos até mesmo a
realidade de possuirmos uma alma, ao invés de resumir-nos ao corpo, aos
sentidos. Acompanhe-me, a palavra essência significa: “substância fundamental,
aquilo que constitui o primordial, indispensável, necessário, fundamental”,
muitas pessoas dizem não acreditar na existência da alma e a vida após a morte,
seguir tal pensamento é afirmar crer na volta ao nada, contudo lá dentro de nós
sentimos algo a mais, a necessidade, o irreversível fato de nascermos de uma
essência e que um dia temos de retornar a ela, afinal de contas, analise, qual
é a lógica de algo sair da não existência para a existência e no final de tudo
voltar tão simplesmente a não existência? Como a idéia de alma e de eternidade
foi parar na mente humana? Tudo tem uma essência.
Certamente você deve estar se
perguntando agora, de onde este ser arranja estas perguntas loucas? Mas será
que sou tão louco assim? Talvez não.
É só você parar e ver. Comece a
enxergar com “olhos abertos”. As pessoas circulam pra lá e para cá, pensam no
futuro, outras ainda presas no passado nunca conseguem sair de lá, os jovens e
adolescentes sentam no sofá para assistir a um seriado romântico ou policial,
os adultos chegam do trabalho e vão assistir a novela, suas atenções totalmente
voltadas para o desenrolar da história de seus personagens preferidos, no dia
seguinte aquela cena é o assunto mais comentado nas faculdades, escolas, etc.
Onde está a atenção para as coisas mais sérias, intrigantes e belas da vida?
Chega a ser um absurdo a maioria dos seres humanos habitarem em um planeta e
nunca ter se perguntado de onde ele veio! Chega a ser um absurdo as pessoas
nascerem, viverem vinte, trinta, quarenta, noventa anos acreditando que tudo
terminará na morte! Se tudo se resume a nascer e morrer, qual é o sentido de nós
termos vindo parar neste mundo? Até quando a razão será usada para responder
somente questões às vezes tão triviais?
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